O QUE É DISFUNÇÃO ERÉTIL ?
Popularmente chamada de de impotência masculina, a disfunção erétil ( DE) pode ser definida como uma consistente dificuldade de conseguir ou manter uma ereção que seja satisfatória para o desempenho sexual.
É um transtorno relativamente comum, estima-se que cerca de 100 milhões de homens sofram de transtorno erétil em todo o mundo, devendo ser valorizada, investigada e tratada por profissionais competentes já que as consequências desta disfunção podem ser graves do ponto de vista emocional.
A DE tem muitas causas, que vão desde fatores puramente psicológicos, estresse e causas orgânicas.
O transtorno erétil é chamado psicogênico quando o organismo funciona adequadamente quanto à fisiologia sexual, mas apresenta um transtorno na ereção sob determinadas circunstâncias como estresse e nervosismo.
COMO A EREÇÃO OCORRE:
A ereção peniana é um processo neurovascular complexo que envolve três fenômenos: relaxamento do músculo liso do corpo cavernoso, aumento do fluxo arterial peniano e restrição do fluxo venoso de saída (GARAFFA et al, 2010; LUE, 2012; VIARO et al, 2000).
A ereção é regulada pelo Sistema Nervoso Central por meio de mecanismos bastante complexos e sofisticados e segue em geral, esta sequencia:
- LIBIDO
- EREÇÃO
- EJACULAÇÃO / ORGASMO
- RELAXAMENTO
Estímulos sensoriais como cheiros, visão, toque, estimulação genital ou mesmo pensamentos produzem sinais excitatórios que são transmitidos do cérebro ao pênis, através do neurotransmissor acetilcolina.
O tecido peniano responde secretando óxido nítrico (NO) e prostaglandina 1 ( PGE1) que são responsáveis pela dilatação dos vasos do pênis
Estas substâncias fazem com que os músculos das paredes das artérias relaxem.
Deste modo, aumenta-se o fluxo sangüíneo, enchendo com sangue as câmaras que existem dentro do pênis, no corpo cavernoso, favorecendo a ereção.
OXIDO NITRÍCO / FOSFODIESTERARE 5 ( PDE5) E EREÇÃO
A PDE5 é encontrada em grande quantidade no corpo cavernoso peniano e é a fosfodiesterase mais abundante nesse tecido, sendo a principal
responsável por regular os níveis locais de GMPc por hidrólise.
O mecanismo fisiológico da ereção peniana envolve :
1- Liberação de óxido nítrico (NO) sob estímulo sexual
2- NO secretado pelas terminações nervosas no tecido peniano, assim como pelas células endoteliais irá ativar a enzima que converte a guanosina trifosfato (GTP) em guanosina monofosfato cíclico (GMPc)
3- GMPc irá estimular a proteinoquinase
4 – Proteinoquinase G iniciará a cascata de fosforilação protéica (KUKREJA et al., 2005; WRIGHT, 2006).
5 – Ativação da cascata de fosforilação proteica irá resultar na diminuição do nível dos íons de cálcio intracelular, levando a uma dilatação das artérias que irrigam o pênis, relaxamento do músculo liso do corpo cavernoso e consequentemente a ereção
6- A PDE5 inativa a GMPc transformando-a em GMP o que causará bloqueio da ereção
Os inibidores da PDE5 se assemelham estruturalmente a base guanosina do GMPc, ocupando o sítio ativo da enzima, prevenindo a hidrólise ( inativaçaõ) desse segundo mensageiro e dessa forma contribuindo para o aumento dos efeitos vasodilatadores do NO (KUKREJA et al., 2005;
WRIGHT, 2006; UTHAYATHAS et al., 2007)
A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO
- PARASSIMPÁTICO PROMOVE EREÇÃO ATRAVÉS DA ACETILCOLINA
- SIMPÁTICO PROMOVE EJACULAÇÃO ATRAVÉS DA ADRENALINA
A resposta sexual masculina reflete um equilíbrio dinâmico finamente regulado entre forças excitatórias e inibitórias.
Por um lado o sistema nervoso simpático ( mediado pela adrenalina) inibe a ereção enquanto o parassimpático ( mediado pela acetilcolina) funciona como uma das muitas vias excitatórias.
Assim, tudo que libera adrenalina em excesso como estresse , ansiedade, drogas estimulantes do sistema nervoso como cocaína e até drogas legais como dexanfetamina (Venvanse) ou metilfenidato, podem causar constricção dos vasos e atrapalhar a ereção.
Da mesma forma, o estresse ou ansiedade , podem causar ejaculação precoce.
OCITOCINA E DESEJO:
Ocorre liberação de oxitocina quando estamos sexualmente estimulados, tanto em homens como em mulheres
Este neuro-hormônio é conhecido mais pela capacidade de produzir lactação ( produção de leite) e contrações uterinas, porém tem forte envolvimento na ereção também
A oxitocina tem um poderoso efeito pró- erétil no homem, ligando-se a receptores e estimulando as vias nervosas que vão do centro de geração de ereções na medula até o pênis. A ejaculação é acelerada, a sensibilidade do pênis é aumentada e aumenta a receptividade sexual em ambos os sexos
A ocitocina e o hormônio estimulador de α-melanócitos são importantes para provocar a excitação sexual; no entanto, o uso desses peptídeos, ou seus análogos, para estimular a excitação sexual ainda está sob investigação.
A avaliação e o tratamento de outros distúrbios endócrinos são sugeridos apenas em casos selecionados.
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SEROTONINA E EJACULAÇÃO:
O versátil neurotransmissor serotonina atua neste caso como efeito inibitório da ejaculação em geral, inclusive, medicamentos que aumentam a serotonina cerebral ( inibidores da recaptação de serotonina) como sertralina, escitalopram, paroxetina, clomipramina e dapoxetina podem ser utilizados em pacientes com ejaculação precoce.
DOPAMINA, LIBIDO E EREÇÃO:
De forma bastante simplificada, o comportamento sexual masculino pode ser dividido em três etapas principais.
- O primeiro estágio, a libido, está relacionado ao desejo sexual.
- O segundo estágio é o da excitação, quando são ativados os mecanismos pró-eréteis, preparando a genitália para a relação sexual.
- O terceiro e último estágio é o orgasmo acompanhado da ejaculação.
O estágio da libido é extremamente relacionado ao desejo por sexo e é considerado um fenômeno mediado pelas vias dopaminérgicas centrais ligadas aos mecanismos de recompensa.
Acredita-se que esta via, denominada via mesolímbica, media não somente os mecanismos do desejo sexual, mas também o orgasmo.
MELANOCORTINAS E LIBIDO
Melanocortinas são neuropeptídeos derivados da Pró-Opiomelanocortina (POMC) e incluem a β endorfina, o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) e o hormônio
estimulador α-melanócito (α-MSH).
O sistema de melanocortina e a ocitocina possuem um papel central na regulação do desejo sexual feminino e da excitação.
Bremelanotide, um análogo sintético do hormônio estimulador de melanócito (MSH) e o ligante endógeno de receptores de melancortina, aumentam, significativamente, o desejo sexual quando comparados
com placebo e melhoram a excitação genital em mulheres pré-menopáusicas que sofrem de transtornos sexuais do desejo e excitação (DIAMOND et al., 2006 apud GELEZ et. al, 2010; SAFARINEJAD et al., 2009).
Os agentes melanocortinérgicos estão sendo investigados para um possível papel terapêutico na disfunção sexual masculina e feminina.
Essas investigações foram inicialmente iniciadas por descobertas de que a administração sistêmica de um análogo sintético de alfa-MSH, MT-II, causa ereção peniana em humanos.
Estudos subsequentes demonstraram que a sinalização neuronal de α-MSH promove a atividade erétil e o comportamento copulador em camundongos machos.
A US Food and Drug Administration (FDA) aprovou em 21 de junho a bremelanotida, (Vyleesi) o primeiro medicamento da classe de agonistas do receptor da melanocortina 4 para o transtorno da diminuição da libido (HSDD, do inglês Hypoactive Sexual Desire Disorder) para mulheres na pré-menopausa.
O medicamento vem se juntar à flibanserina, o único outro tratamento do transtorno da diminuição da libido aprovado pela FDA para as mulheres na pré-menopausa.
CAUSAS DE DISFUNÇÃO ERÉTIL;
Problemas circulatórios ( vascular): a ereção depende diretamente do fluxo de sangue para o pênis, portanto as alterações que dificultam a circulação adequada para essa região podem causar disfunção erétil. Temos como exemplo as doenças cardiovasculares (hipertensão, doença arterial coronariana), diabetes, colesterol elevado, tabagismo, cirurgias prévias na pelve e pessoas submetidas a radioterapia prévia.
Neurológicas: até 20% dos casos de disfunção erétil estão associados a problemas neurológicos. Alguns exemplos são doenças degenerativas (esclerose múltipla, doença de Parkinson), acidente vascular cerebral, tumores do sistema nervoso central e traumatismos.
Anatômicas ou estruturais: Temos como exemplo a doença de Peyronie, uma condição vista mais comumente após a meia idade na qual ocorre a formação de uma placa de tecido endurecido ao longo dos tubos interiores do pênis, o que gera uma curvatura anormal e dificulta a ereção.
Distúrbios hormonais: desequilíbrios hormonais podem ser causa de alterações da libido (desejo de ter relação sexual), principalmente a falta de testosterona, o que influencia diretamente na ereção. Outras condições também podem estar relacionadas, como disfunções da glândula tireoide (hipertireoidismo, hipotireoidismo), da glândula hipófise (hiperprolactinemia), entre outras alterações
Induzida por drogas: inúmeros medicamentos podem causar problemas na ereção, como anti-hipertensivos, remédios para depressão, antipsicóticos e uso de drogas como álcool, heroína, cocaína, metadona entre outras.
Psicológicas ou por trauma: problemas como ansiedade, depressão e estresse afetam mais a população adulta-jovem, gerando transtornos de ereção por diminuírem diretamente a libido.
DOENÇAS E DINFUNÇÃO ERÉTIL:
-DIABETES E DISFUNÇÃO ERÉTIL
Metade dos homens com diabetes apresentam disfunção erétil (DE) dentro de 10 anos de seu diagnóstico. Os níveis elevados de açúcar no sangue podem danificar os nervos que controlam a estimulação sexual.
Eles também podem danificar os vasos sanguíneos; estes são necessários para fornecer fluxo sanguíneo adequado ao pênis para atingir e manter uma ereção.
-DOENÇA CARDIOVASCULAR E E DISFUNÇÃO ERÉTIL
A disfunção erétil precede a doença arterial coronariana em quase 70% dos casos.
As artérias do pênis são muito pequenas em comparação com as de outras partes do corpo.
Se houver doença arterial coronariana subjacente, essas artérias menores do pênis serão afetadas mais cedo pela aterosclerose (vasos sanguíneos bloqueados). Muitas vezes, encaminhamos os pacientes a um cardiologista para determinar se há doença cardiovascular subjacente.
-CÂNCER DE PRÓSTATA E DISFUNÇÃO ERÉTIL:
A disfunção erétil é uma complicação potencial após tratamentos de câncer de próstata.
Os nervos que controlam uma ereção ficam muito próximos à próstata e podem ser lesados durante o tratamento.
Com procedimentos de preservação dos nervos, alguns homens podem recuperar seu nível anterior de função erétil, embora possa levar até um ano.
Infelizmente, alguns homens podem não recuperar a capacidade de ter uma ereção natural. A radiação para câncer de próstata pode causar o aparecimento gradual de sintomas de disfunção erétil, geralmente 2-3 anos após o tratamento.
TESTOSTERONA E EREÇÃO:
A testosterona tem um papel primordial no controle e sincronização do desejo e excitação sexual masculina, atuando em vários níveis. Consequentemente, a metanálise indica que a terapia com testosterona para indivíduos com deficiência de testosterona pode melhorar o baixo desejo e a disfunção erétil.
Estudos em animais e em humanos preliminares sugerem que a testosterona pode facilitar a ereção, atuando como vasodilatador das arteríolas penianas e dos sinusóides cavernosos.
Após a castração, a maioria, mas não todos, os homens tiveram perda parcial ou total da ereção.
O hipogonadismo ( deficiência de testosterona) não é um achado comum na disfunção erétil, ocorrendo em cerca de 5% dos casos e, em geral, há falta de associação entre os níveis séricos de testosterona, quando presentes em níveis normais ou moderadamente baixos, e a função erétil.
Experimentos de laboratório indicam que a via erétil do óxido nítrico depende da testosterona.
A castração induz disfunção erétil e redução na óxido nítrico sintase no tecido erétil.
Além disso, a castração causa apoptose que afeta adversamente o conteúdo do músculo liso e a hemodinâmica peniana, levando à disfunção veno-oclusiva.
A terapia com testosterona reverte essas mudanças estruturais, bioquímicas e fisiológicas.
Nos seres humanos, a terapia com testosterona melhora a função erétil em homens com hipogonadismo ( deficiência de testosterona)
Testosteronas disponíveis no Brasil:
- Testosterona gel – ANDROGEL
- Undecoanato de testosterona ; Nebido, Hormus e Atesto
- Cipionato de testosterona: Deposteron
- Durateston; 4 ésteres de testosterona
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PROLACTINA E EREÇÃO:
Hiperprolactinemia ( prolactina elevada) está associada a um baixo desejo que pode ser corrigido com sucesso por tratamentos adequados.
Elevações modestas da prolactina sérica (PRL) podem estar relacionadas a inúmeras causas fisiológicas sem causar maiores problemas.
No entanto, a hiperprolactinemia persistente na ausência de uma etiologia clara pode refletir patologia estrutural, mais comumente um adenoma hipofisário.
Embora a ressonância magnética da hipófise seja frequentemente obtida para avaliar lesões anatômicas, ainda não está claro se a triagem para adenoma é clinicamente eficaz para homens jovens testosterona baixa com hiperprolactinemia leve.
Atualmente, não existem diretrizes da sociedade para orientar a tomada de decisão para essa população de pacientes.
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O que o aumento da prolactina pode causar?
Diminuição do LH que causa, testosterona baixa que causa baixa libido/ impotência e diminuição do FSH que diminui a produção de espermatozóides. Também pode causar aumento de mamas ( ginecomastia) e secreção de leite pelos mamilos)
EXAMES :
Testes laboratoriais
Os testes laboratoriais básicos são imprescindíveis para identificar a etiologia da DE e representam uma avaliação ampla da saúde do paciente: análises químicas séricas, glicemia em jejum, hemograma completo, perfil lipídico e testosterona sérica total.
Também podemos avaliar:
- Dihidrotestosterona (DHT)
- Estradiol
- LH ( hormônio luteinizatante) – estimula a produção de testosterona pelo testículo.
- Cortisol sérico ou salivar ao acordar
- Hormônio tireo-estimulante( TSH)
- Vitamina D
- PCR- US
- Prolactina
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Estudos de imagens:
A ultrassonografia (USG) peniana é bastante útil na avaliação de DE. Sondas de alta frequência (7 a 12MHz) geram imagens e anatomia do pênis de alta qualidade. As imagens tradicionais com escala cinza produzem detalhes sobre a anatomia do corpo e sobre a presença de qualquer fibrose túnica ou corporal, assim como de cicatrizes que possam sugerir a presença da DP.
A USG duplex também é uma opção; essa técnica gera informações adicionais sobre a etiologia da DE e facilita o gerenciamento.
CONSIDERAÇÕES SOBRE TERAPIAS PARA DISFUNÇÃO ERÉTIL:
1.A disfunção erétil é uma condição prevalente e tem diversas etiologias. O manejo do paciente com disfunção erétil deve focar inicialmente em diagnosticar causas reversíveis da disfunção erétil. Isso inclui uma abordagem multiprofissional.
2.Fatores de risco cardiovascular devem ser investigados e devidamente tratados.
3.Os inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5) são terapias eficazes, seguras e bem toleradas para o tratamento de homens com disfunção erétil e são terapia de primeira linha para a maioria dos homens com disfunção erétil que não têm uma contra-indicação específica para o uso
4.A terapia de injeção intracavernosa com alprostadil é um tratamento eficaz e bem tolerado para homens com disfunção erétil e deve ser oferecida aos pacientes como terapia de segunda linha para disfunção erétil O alprostadil intrauretral e tópico é um tratamento eficaz e bem tolerado para homens com disfunção erétil
5.A seleção e o acompanhamento do tratamento devem abordar o perfil psicossocial e as necessidades e expectativas de um paciente para sua vida sexual. Recomenda-se fortemente a tomada de decisão compartilhada com o paciente (e seu parceiro)
6.Medicamentos falsificados são potencialmente perigosos. É altamente recomendável que os médicos instruam seus pacientes a evitar tomar qualquer medicamento de fontes não autorizadas
7.O médico assistente deve identificar e tratar primeiramente as causas reversíveis, como as psicogênicas, as associadas às deficiências hormonais e as decorrentes do uso de medicamentos.
Quais são os medicamentos mais usados para impotência ou disfunção erétil?
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Sildenafila
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Tadalafila
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Vardenafila
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Lodenafila
Qual é a contraindicação absoluta para o uso dos inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (como Viagra e Cialis)?
As contraindicações absolutas são:
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Hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula.
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Uso concomitante com nitratos, devido ao risco de queda acentuada da pressão arterial.
Quanto tempo leva para o Viagra fazer efeito?
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Viagra (sildenafila): 30 a 60 minutos.
Outros: -
Tadalafila: 15 a 45 minutos
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Vardenafila: 15 a 30 minutos
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Lodenafila: cerca de 40 minutos
Quanto tempo dura o efeito do Viagra genérico?
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Sildenafila: 4 a 12 horas
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Tadalafila: 24 a 36 horas
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Vardenafila: 4 a 6 horas
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Lodenafila: cerca de 6 horas
Quem toma remédio para pressão alta pode usar Viagra ou similares?
Sim, porém com cautela.
O uso concomitante com alfa-bloqueadores ou anti-hipertensivos pode potencializar o efeito de queda da pressão arterial. Ainda assim, não é contraindicado, desde que haja acompanhamento médico.
Quais os efeitos colaterais mais comuns de Viagra, Cialis e similares?
Geralmente são leves e transitórios. Os mais comuns incluem:
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Dor de cabeça
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Rubor facial
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Desconforto gástrico
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Congestão nasal
Qual a diferença entre Cialis e Viagra?
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Ambos são inibidores da PDE5 e atuam apenas quando há estímulo sexual.
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Cialis (tadalafila) tem duração de até 36 horas.
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Viagra (sildenafila) tem duração de 4 a 5 horas.
A alimentação atrapalha a absorção do Cialis?
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Cialis: a absorção não é afetada pela alimentação.
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Viagra: alimentos, especialmente gordurosos, podem retardar o início da ação.
Cialis pode ser usado diariamente?
Sim. Pode ser usado em doses menores diariamente, inclusive para o tratamento da hiperplasia prostática benigna (HPB).
Em pacientes com comprometimento hepático ou renal, a dose pode precisar ser ajustada.
O Viagra genérico funciona como o Viagra original?
Sim.
O genérico contém o mesmo princípio ativo (citrato de sildenafila) e tem eficácia e segurança equivalentes ao Viagra de marca.
O que é bom para disfunção erétil?
O ideal é investigar a causa com um médico, preferencialmente um urologista.
Os medicamentos de primeira linha são os inibidores da PDE5, como Viagra e Cialis.
Como ajudar o marido com impotência?
Oriente-o a procurar um médico para investigação das causas, que podem incluir:
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Diabetes
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Tabagismo
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Distúrbios hormonais
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Uso de antidepressivos ou ansiolíticos
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Obesidade
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Hipotireoidismo
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Baixa testosterona
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Estresse
A disfunção erétil tem tratamento e não deve ser ignorada.
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INIBIDORES DA FOSFODIESTERASE ( PDE5) E CORAÇÃO:
Os três medicamentos ( Sildenafil , Tadalafil e) Vardenafil) são seguros do ponto de vista cardiovascular, não apresentando efeitos negativos sobre a função cardíaca, nem piorando o quadro clínico de pacientes com insuficiência coronariana estável
O uso destes medicamentos não aumentou a incidência de acidentes vasculares
. Também não causam alteração significativa da pressão arterial sistólica e diastólica, nem na freqüência cardíaca.
Na insuficiência cardíaca congestiva, sildenafila, além de bem tolerada, aumentou a capacidade destes pacientes aos exercícios
INIBIDORES DA FOSFODIESTERASE (PDE5), FERTILIDADE E HORMÔNIOS:
Este medicamentos não causam alterações significativas na concentração, morfologia ou motilidade dos espermatozóides, podendo até ajudar casais que desejam ter filhos e precisam aumentar a frequência de relações sexuais
Também não há alteração dos níveis plasmáticos de testosterona, LH e FSH
Caso o homem apresente baixos níveis de testosterona, a terapia com estes medicamentos pode não funcionar
COMO O VIAGRA ( sildenafila) ATUA:
12 minutos
Nos primeiros 12 minutos, o corpo absorve o medicamento. Alguns homens sentem logo o seu efeito.
27 minutos
No entanto, há homens que nos primeiros 12 minutos não sentem melhorias. Segundo os investigadores, em média os homens demoram quase meia hora a ter a ereção.
57 minutos
É quase ao fim de uma hora que o homem deverá atingir “o potencial máximo da ereção”. O viagra ajuda, nesta altura, a atingir os mais altos níveis de concentração de sangue. Daí os médicos aconselharem a tomar o medicamento uma hora antes das relações sexuais.
Quatro horas
O tempo médio de semi-vida do viagra é de quatro horas. É possível que ainda consiga fazer sexo nesta altura.
Dez horas
Segundo o estudo, mesmo após 10 horas, há homens que ainda têm ereção.
12 horas
A ereção nesta altura pode durar apenas 16 minutos, mas ainda é possível ter relações sexuais.
24 horas
Os efeitos do viagra desaparecem após um dia.
DISFUNÇÃO ERÉTIL E FITOTERÁPICOS:
- Ioimbina: uma metanálise de ensaios clínicos demostrou melhora da disfunção erétil, comparado com placebo. Reações adversas foram infrequentes e transitórias.
- Ginseng vermelho: uma metanálise de ensaios clínicos randomizados demostrou melhora da disfunção erétil, comparada com
placebo. No entanto, a avaliação de qualidade dos estudos foi baixa na média. - Tribulus terrestres: um ensaio clínico duplo-cego e randomizado não demonstrou efeitos no índice internacional de função erétil
(International Index of Erectile Function ,IIEF-5). - Ginkgo Biloba: demostra melhora da disfunção erétil, principalmente para disfunção erétil induzida por antidepressivos
TRATAMENTO INJETÁVEL
O tratamento injetável é eficaz para obtenção de ereção suficiente para a penetração em cerca de 60 a 90% dos homens com disfunção erétil, dependendo do agente utilizado.
Em quais situações clínicas as injeções penianas são indicadas no tratamento da disfunção erétil?
As injeções intracavernosas podem ser indicadas em casos de falha ou contraindicação ao uso de inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5), ou ainda por preferência do paciente.
Quais drogas são utilizadas nesse tipo de tratamento?
O alprostadil (prostaglandina E1) pode ser administrado como monoterapia ou em combinação com outras substâncias, como fentolamina e papaverina.
Quais são as contraindicações para o uso da terapia intracavernosa (injeção peniana)?
As contraindicações incluem predisposição ao priapismo (como em casos de anemia falciforme), hipersensibilidade aos agentes utilizados, distúrbios de coagulação e presença de fibrose peniana.
Com que frequência o tratamento injetável pode ser realizado?
As aplicações podem ser realizadas até três vezes por semana, com intervalo mínimo de 24 horas entre as injeções.
É necessário discutir os riscos e benefícios do tratamento injetável com o paciente?
Sim. É fundamental garantir que o paciente compreenda o procedimento e suas possíveis implicações, a fim de evitar descontinuidade do tratamento por falta de adesão ou entendimento inadequado.
TRATAMENTO CIRÚRGICO DA DISFUNÇÃO ERÉTIL
Prótese penianas:
Quais as principais indicações de implante de prótese peniana nos dias atuais?P
pacientes com falha à terapia farmacológica oral ou injetável, e que optam por uma solução definitiva.
Existe algum limiar de Hb glicada para contraindicar o implante de prótese peniana na população diabética?
Em um estudo prospectivo com análise multivariada, o valor de Hb glicada de 8.5% sugere alto risco para complicações infecciosas no implante de prótese peniana. [/sc_fs_faq]
ATUALIZAÇÕES:
IMPORTÂNCIA A L CARNITINA E VITAMINA D NA EFICÁCIA DA SILDENAFILA
Pode- se concluir que a homeostase normal da L- carnitina e também da 25 (OH) vitamina D desempenham um papel importante na saúde sexual masculina. Níveis baixos de L carnitina e vitamina D diminuem resposta ao sildenafil em homens com disfunção erétil
L carnitina reduz o estresse oxidativo e aumenta a produção de óxido nítrico
É sugerido que a suplementação de L- carnitina e vitamina D nesses homens pode ser uma ferramenta terapêutica potencial
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CONSUMO REGULAR DE ÁLCOOL E DISFUNÇÃO ERÉTIL
Um total de 24 estudos avaliaram a associação entre o consumo regular de álcool (nunca ou nunca) e a incidência de disfunção erétil.
A prevalência de disfunção erétil foi menor em consumidores regulares de álcool do que naqueles que não bebiam em 10 dos 24 estudos, mas foi maior em cinco estudos.
Doze estudos mostraram que o consumo regular de álcool não teve efeito sobre a incidência de DE.
Em geral, não houve associação significativa entre o consumo regular de álcool e DE
Os betabloqueadores tradicionais às vezes têm sido associados à disfunção erétil (DE). O nebivolol é um antagonista do receptor adrenérgico β (1) cardiosseletivo que promove a vasodilatação por meio de um mecanismo dependente do óxido nítrico (NO).
Nebivolol in vivo ativou a via NO / cGMP, aumentou a resposta erétil e reverteu a DE em ratos diabéticos.
Além disso, o nebivolol in vitro potencializou o relaxamento de tecidos eréteis humanos mediado por NO / cGMP. Esses efeitos podem ser responsáveis pela baixa incidência de DE em pacientes hipertensos tratados com nebivolol.
O nebivolol, portanto, pode ter utilidade no tratamento da disfunção erétil, particularmente disfunção erétil associada ao diabetes.
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COMBINAÇÃO IOIMBINA E L ARGININA
A eficácia e segurança da combinação oral de ioimbina e L-arginina (SX) para o tratamento da disfunção erétil foi avaliada através um ensaio clínico multicêntrico, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo
Resultados: A diferença entre os dois grupos foi significativa na quarta semana. Quatro eventos adversos foram observados ao longo do estudo. A diferença entre o SX e o placebo não foi significativa na frequência de eventos adversos.
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L CITRULINA E TRANSRESVERATROL + PDE5I
Neste estudo piloto cruzado randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, homens com disfunção erétil (Sexual Health Inventory for Menpontuação abaixo de 16) apesar do uso sob demanda de inibidores da PDE5i receberam um placebo por 1 mês ou o tratamento ativo (L -citrulina 800 mg / dia + transresveratrol 300 mg / dia) por mais um mês.
Os pacientes continuaram a usar PDE5i quando necessario
Conclusão
REFERÊNCIAS:
A Psicobiologia da Impotência Marco M. Calegaro, MSc.
Konstantinos Hatzimouratidis,
Tratado de Fisiologia Médica; Guyton & Hall – 11ª edição
Farmacologia; Rang & Dale – 6ª edição
FISIOLOGIA DA EREÇÃO PENIANA: UMA BREVE REVISÃOPHYSIOLOGY OF PENILE ERECTION: A BRIEF REVIEW Andrey Biff SARRIS1,
Disfunção erétil: tratamento com drogas inibidoras da fosfodiesterase tipo 5
DISFUNÇÃO ERÉTIL TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
MECININA NET : DISFUNÇÃO SEXUAL MASCULINA
NATURE – COLEÇÃO SOBRE DISFUNÇÃO ERÉTIL
INIBIDORES DA FOSFODIESTERASE TIPO V: ASPECTOS
CLÍNICOS E FARMACOLÓGICOS
Disrupted melanocortin signaling may cause erectile dysfunction and loss of libido accompanying metabolic syndrome
Gupta S, Wright HM. Nebivolol: a highly selective beta1-adrenergic receptor blocker that causes vasodilation by increasing nitric oxide. Cardiovasc Ther. 2008 Fall;26(3):189-202. doi: 10.1111/j.1755-5922.2008.00054.x. PMID: 18786089.
Dessy C, Saliez J, Ghisdal P, Daneau G, Lobysheva II, Frérart F, Belge C, Jnaoui K, Noirhomme P, Feron O, Balligand JL. Endothelial beta3-adrenoreceptors mediate nitric oxide-dependent vasorelaxation of coronary microvessels in response to the third-generation beta-blocker nebivolol. Circulation. 2005 Aug 23;112(8):1198-205. doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.104.532960. PMID: 16116070.
Akhondzadeh S, Amiri A, Bagheri AH. Efficacy and Safety of Oral Combination of Yohimbine and L-arginine (SX) for the Treatment of Erectile Dysfunction: a multicenter, randomized, double blind, placebo-controlled clinical trial. Iran J Psychiatry. 2010 Winter;5(1):1-3. PMID: 22952481; PMCID: PMC3430403.
3 respostas
Olá, sou Marcos tenho 51 anos e a alguns anos já venho sofrendo com esse problema de disfunção erétil
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