Vitamina D e Câncer de Mama

Vitamina D e Câncer de Mama:

A vitamina D já não pode ser considerada apenas como um nutriente necessário para a prevenção do raquitismo entre as crianças, devendo ser considerada essencial para a saúde geral e bem-estar.

A vitamina D é dada como certa e abundante em uma dieta saudável. Infelizmente, muito poucos alimentos contêm naturalmente a vitamina D, e apenas alguns alimentos são fortificados com vitamina D Esta é a razão pela qual a deficiência de vitamina D tornou-se epidemia para todas as faixas etárias nos Estados Unidos e na Europa.

A deficiência de vitamina D não só causa a doença óssea metabólica entre crianças e adultos, mas também pode aumentar o risco de muitas doenças crônicas comuns.

A deficiência de vitamina D e a diminuição da exposição à radiação solar UVB demonstraram aumentar os riscos de muitos tipos comuns de câncer, diabetes tipo 1, artrite reumatoide e esclerose múltipla e também há indícios de que eles podem estar associados ao diabetes tipo 2 e esquizofrenia.

A fotossíntese da vitamina D vem ocorrendo em organismos vivos há mais de 500 milhões de anos, não sendo surpreendente que a vitamina D tenha evoluído para um hormônio tão importante e necessário, que atua como um indicador de saúde geral e bem-estar.

A vigilância na manutenção de uma concentração plasmática normal de vitamina D deve ser uma prioridade elevada. A vigilância da deficiência de vitamina D, com medição das concentrações de 25-hidroxivitamina D, deve fazer parte dos exames físicos anuais normais.

O papel da vitamina D na prevenção do câncer 

O “status” da vitamina D nos indivíduos difere por diferentes razões como raça, onde os indivíduos com mais pigmentação da pele estão em maior risco de deficiência. Uma pesquisa no banco de dados PubMed resultou em 63 estudos observacionais do estado de vitamina D em relação ao risco de câncer, incluindo 30 de cólon, 13 de mama, 26 de próstata e 7 de câncer de ovário e vários que avaliaram a associação do genótipo do receptor de vitamina D com risco de câncer.

A maioria dos estudos encontrou uma relação protetora entre o “status” de suficiência de vitamina D e menor risco de câncer. A evidência sugere que os esforços para melhorar o status de vitamina D, por exemplo, por suplementação de vitamina D, podem reduzir a incidência de câncer e a mortalidade, a um baixo custo e com poucos ou nenhum efeito adverso.

O câncer de mama tem sido considerado como um dos tipos mais comuns de câncer entre as mulheres em todo o mundo, e os pacientes com neoplasias de mama têm sido relatados com alta prevalência de baixos níveis séricos de 25-hidroxivitamina D. U

m estudo realizado por pesquisadores Iranianos e publicado em 2016 no Iranian Journal of Cancer Prevention, forneceu evidências de que a deficiência de vitamina D tem sido muito prevalente em pacientes com neoplasias de mama, mais do que uma população controle experimental e o risco de câncer de mama foi aumentado com baixos níveis de vitamina D, sugerindo a necessidade de estudos de alta qualidade que avaliem as consequências à saúde atribuíveis à deficiência de vitamina D.

As pacientes com câncer de mama, com  níveis mais elevados de vitamina D no sangue, são duas vezes mais propensas a sobreviver à doença do que as mulheres com baixos níveis desse nutriente, relatam pesquisadores da Universidade da Califórnia em artigo publicado na edição de março do periódico Anticancer Research

. Além disto, uma meta-análise realizada em 2011 pelos autores do estudo, estimou que um nível plasmático de 50 ng/mL de 25-hidroxivitamina D é associado a um risco 50 por cento menor de desenvolver o câncer de mama.

A vitamina D aumenta a sobrevida das pacientes com câncer de mama, diz estudo.

Enquanto os receptores de vitamina D estiverem presentes, o crescimento do tumor é evitado e impedido de expandir seu fornecimento de sangue.. Esta é a razão para uma melhor sobrevida nas pacientes cujos níveis de 25-hidroxivitamina D no sangue são altos. O estudo tem implicações na inclusão da vitamina D como adjuvante à terapia convencional do câncer da mama.

“Não há nenhuma razão para esperar por mais estudos para incorporar suplementos de vitamina D em regimes de tratamento, uma vez que uma dose segura de vitamina D necessária para atingir altos níveis plasmáticos (acima de 30 ng/mL) já foi estabelecida”, disse o Dr. Garland, autor principal do estudo.


Referências:

The relationship between vitamin D and cancer.
The Role of Vitamin D in Cancer Prevention.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1470481/
Sunlight and vitamin D for bone health and prevention of autoimmune diseases, cancers, and cardiovascular disease.
http://ajcn.nutrition.org/content/80/6/1678S.long
The Correlation of Plasma 25-Hydroxyvitamin D Deficiency With Risk of Breast Neoplasms: A Systematic Review
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5038833/
High prevalence of hypovitaminosis D in female type 2 diabetic population.

Dr. Roberto Franco do Amaral – Especialista em Medicina Laboratorial CRM 111310

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