Os muitos benefícios da carne e derivados de animais alimentados com pastagem

Um maior teor de ácidos graxos ômega-3, menos ômega-6, mais betacaroteno e vitamina E  ​​são apenas alguns dos benefícios da carne e leite de animais alimentados com pastagem.

 

Esta é uma história que depende de dois números: 5,0 e 6,8.

Em 5,0 -a  carne proveniente de animais  criados dede forma industrial  nos dias de hoje, faz mal diretamente para nós que o consumimos, como para o meio ambiente que o cerca . Para os seres humanos, significa mais obesidade, mais diabetes, mais doenças cardíacas, demências, e talvez até mais câncer. Para o meio ambiente significa mais carbono na atmosfera, mais inundações, mais erosão, mais cursos d’água e lagos moribundos, mais crueldade. Entretanto se elevarmos esse valor de pH para 6,8, PODEMOS REDUZIR OU ATÉ  ELIMINAR TODOS ESTE PROBLEMAS!

Mais  abaixo ficará mais claro o que queremos dizer com estes números.

Ruminando o pH

Esses dois números medem a saúde de um ecossistema que foi o pilar do desenvolvimento humano através das centenas de milhares de anos de nossa evolução para a nossa forma moderna. Esse ecossistema ainda é essencial, porque os fatos fundamentais da humanidade não mudaram: somos grandes mamíferos eretos que prosperaram nas pastagens.

Comparado com outros órgãos, o cérebro humano é um enorme consumidor de energia e assim precisamos de mais calorias e nutrientes  para o cérebro em relação a outra espécies de mamíferos.

Nossa posição vertical coloca restrições extraordinárias em nossa estrutura, especialmente nosso centro,  no qual está inserido um abdômen pequeno e muscular. Não há espaço para enormes intestinos voltados para processar grandes quantidades de comida ao mesmo tempo.

   “Assim precisamos de alimentos que concentrem numa pequena quantidade, uma gama enorme de nutrientes”

 

Comer a carne rica em nutrientes de animais que se alimentavam em pastagens duradouras ajudou os seres humanos a evoluírem para criaturas com grandes cérebros e postura ereta. A grama é inútil para nós – diretamente. Não podemos comê-la. Sua energia está trancada na celulose e não temos a força intestinal (ou a magnitude) para e quebrá-la e  tranformá-la em forma mais utilizáveis de carboidratos. Então, a solução para o problema foi terceirizar a digestão da grama para os ruminantes, como cervo, gazela, boi musk, elefante, caribu, alces, cabras, ovelhas e agora, principalmente, bois e vacas.

Comer a carne rica em nutrientes de animais que se alimentavam em pastagens  ajudou os seres humanos a evoluírem para criaturas com grandes cérebros e postura ereta.

Todos esses animais têm em comum um estômago dividido em quatro cavidades, sendo uma delas uma “cuba” de fermentação chamada “rúmen” – daí o nome deles, “ruminantes”. Como todas as cubas de fermentação, o rúmen é um ecossistema. O ecossistema microbiano ruminal inclui uma grande diversidade de archaeas, bactérias, protozoários (principalmente ciliados) e fungos anaeróbios Ele funciona ao abrigar microrganismos que possuem a capacidade única de quebrar celulose em formas mais utilizáveis ​​de carboidratos. Estes microrganismos dependem de um ambiente amigável no rúmen, que, especialmente nas vacas, é melhor medido pela acidez: um pH quase neutro de 6,8.

Subvertendo a evolução

Em termos evolutivos, alimentar ruminantes com grãos em vez de grama – o hábito agora quase universal da cadeia alimentar industrial – é um experimento radical e sem precedentes. A grande carga de carboidratos dos grãos rearranja completamente o ecossistema do rúmen, criando um pH ácido de 5,0, o que causa a condição chamada “acidose”. Uma vaca com esta condição possui uma concentração de ácido no seu rúmen 200 vezes maior do que no rúmen de uma vaca saudável. O grão torna as vacas doentes e nesta questão, o grão orgânico não faz diferença. O dano acaba sendo  refletido na saúde humana.

A grande carga de carboidratos dos grãos, rearranja completamente o ecossistema do rúmen, criando um pH ácido de 5,0, o que causa a condição chamada “acidose”

As bactérias normais digerem celulose para produzir uma combinação de carboidratos e ácidos graxos essenciais, que são as gorduras que nossos corpos devem ter, mas não podem fabricar. Um sistema digestivo saudável e alimentado com GRAMA  fornece uma mistura de gorduras ponderadas a ácidos graxos saudáveis, incluindo ômega-3. O rúmen enfermo e acidificado de um animal alimentado com GRÃOS suporta diferentes bactérias que produzem um perfil de nutrientes que produzirá mais ácidos graxos ômega-6.

“Pesquisas sugerem que uma dieta rica em ômega-6 e pobre em ômega-3  pode criar inflamação em seres humanos e uma ampla gama de problemas de saúde – da obesidade à doença cardíaca e demência”

A figura acima mostra a diferença nas quantidades de vitamina E, beta-caroteno, ácidos graxos ômega-3 e ômega-6 entre as carnes de animais alimentados com grama (grass-feed) e com grãos (industrial beef)

Um rúmen saudável é uma prova positiva de que uma vaca tem comido grama, arbustos e uma grande variedade de plantas perenes de raízes profundas. Os ruminantes variam 0 alimento porque devem comer um enorme volume de alimentos. Esta dieta diversificada concentra uma série de minerais e micronutrientes no leite e na carne. Este fenômeno se estende além dos ruminantes para porcos e galinhas. Os dois últimos são onívoros e não ruminantes, mas ainda acumulam minerais e micronutrientes quando se alimentam de pastagens perenes. As plantas de pastagens perenes são profundamente enraizadas e fornecem toda uma série de nutrientes essenciais e minerais – como o cobre, o magnésio e o iodo – que os grãos  com raízes superficiais não oferecem

Muitas pesquisas confirmam isso. Por exemplo, um artigo de revisão de 2010 que examinou todas as publicações disponíveis sobre os benefícios da carne de gado alimentado com pastagem confirmou que os níveis de ácidos graxos essenciais ômega-3 são mais elevados em carne, ovos e produtos lácteos de animais alimentados com pastagem, em comparação com produtos industriais.

        A revisão também confirmou níveis aumentados de outras gorduras benéficas essenciais e de nutrientes, como betacaroteno, vitamina E e antioxidantes que combatem câncer, em carne de animais alimentados com grama.

 

Os problemas com o confinamento animal

Os ovos, o leite e a carne de animais alimentados com grãos vêm principalmente de sistemas de confinamento e muitas questões surgem a partir desse fato. Para começar, um rúmen ácido torna as vacas doentes, por isso o gado leiteiro industrial tem uma vida escandalosamente curta de apenas três a cinco anos. Devido à acidose, todos os animais em confinamento têm o sistema imunológico comprometido, o que exige um fluxo constante de antibióticos. A ameaça que isso representa para a saúde humana através da resistência aos antibióticos é séria e bem documentada.

 

Diferenças entre as carnes de animais alimentados  com grãos (corn-feed) e com grama (grass-feed)

Os confinamentos são manifestamente cruéis, no entanto, seus efeitos secundários menos óbvios também são atrozes. Por exemplo, muita atenção tem sido focada na ameaça ambiental das montanhas de estrume geradas em operações de confinamento. Mas um estudo recente do US Geological Survey em uma área do sul da Idaho, atormentada com uma explosão de confinamentos para laticínios, demonstrou que a poluição com nitrogênio nos campos que cultivavam grãos e a ensilagem para os confinamentos era aproximadamente duas vezes mais ruim que o próprio estrume do confinamento.

Devido à acidose, todos os animais em confinamento têm o sistema imunológico comprometido, o que exige um uso constante de antibióticos.

Olhando para uma área de campos de confinamento maior, observa-se uma imagem ainda mais espantosa. Por exemplo, o British National Trust, que gerencia mais de 600 mil hectares no Reino Unido, realizou uma pesquisa sobre a gama completa de custos ambientais de confinamentos e benefícios das pastagens em 2012. O relatório citou os próprios estudos do Trust bem como a literatura disponível dos Estados Unidos e do Brasil – e conclui em favor da PASTAGEM

A redução do aquecimento global foi especialmente importante neste estudo. Um relatório de 2006 da Union of Concerned Scientists ofereceu uma conclusão semelhante e incluiu qualificações que ratificam os custos ambientais das operações concentradas de alimentação de animais.

 Linha direta versus o círculo da vida

O campo de uma fazenda industrial é linear: adubo, semente e água, e grãos para o gado e soja para Tofurky (um tipo de peru vegetariano americano também conhecido como análogo de carne ou, mais especificamente tofurkey, feito a partir de uma mistura de proteína de trigo e tofu orgânico, N.T.). É fácil ver que em um campo de uma fazenda com uma única cultura, onde seu ciclo de nutrientes depende exclusivamente da pulverização de adubo à base de amônia, não é um ecossistema saudável.

No entanto, não podemos criar ecossistemas circulares e sustentáveis ​​simplesmente substituindo milho e soja por duas ou trezentas espécies de plantas que residem normalmente em uma pradaria nativa. O sistema precisa de animais sempre pastando e seus rumens para digerir e reciclar a celulose. Sem eles, as gramíneas crescem e envelhecem; os nutrientes permanecem bloqueados neles, porque os animais desprezam essa grama madura.

Um ecossistema é cíclico, com ciclos de vida e morte capturando, armazenando e reinvestindo a energia. Morte e decadência reciclam nutrientes, por isso são integrantes da capacidade produtiva de um ecossistema. Os ecossistemas de pastagens sustentáveis ​​devem incluir plantas, micróbios e animais de pastagem. Grandes animais com rúmens conduzem todo o processo, o que significa que esses sistemas não podem ser saudáveis ​​sem eles.

Evitar a carne – ou não?

Um consumidor que esteja considerando se deve ou não comer produtos de origem animal parece ter duas maneiras para proceder:

  1. Uma delas é ficar sem comer leite, carne ou ovos, uma decisão aparentemente apoiada por um extenso corpo de pesquisas que relacionam doenças humanas e destruição ambiental com o consumo da carne e do leite. Praticamente, todas essas pesquisas são baseadas em produtos alimentares derivados de animais mantidos em confinamentos e alimentados com grãos. O perfil de ácidos graxos dos produtos desses animais, tão alto em ômega-6, é suficiente para explicar os efeitos deletérios sobre a saúde humana citados nesses estudos.
  2. No entanto, evitar a carne e os laticínios privam o corpo de nutrientes. Estamos nos concentrando aqui nas diferenças entre alimentados com pastagem e alimentados com cereais, mas os produtos de ambos os sistemas têm muito em comum. Ambos contêm altas concentrações de aminoácidos essenciais – proteínas – difíceis de obter de fontes vegetais, bem como vitaminas A, B6, B12, D e E e minerais como ferro, zinco e selênio. Boas práticas de pastoreio aumentam o betacaroteno em produtos de origem animal, o que significa que a gordura, as gemas, o leite e a manteiga mostram uma cor amarela ou laranja mais profunda (pense em cenouras ricas em beta-caroteno). Esta cor em produtos lácteos e gorduras animais é um sinal de bom pastoreio.

Uma cor amarela ou laranja mais profunda em produtos lácteos e gorduras animais é um sinal de bom pastoreio.

Abaixo um corpo de evidências que indicam os muitos benefícios dos derivados de animais alimentados com pastagens:

Nutrição. Para cada indicação, os benefícios da carne de animas alimentados com pastagem são numerosos – especialmente no seu perfil de ácidos graxos. Isso não é pouca coisa e algumas evidências sugerem que benefícios nutricionais adicionais contribuem para a superioridade dos produtos alimentados com pastagem.

Meio Ambiente. Algumas pesquisas dizem que os sistemas de produção baseados nas pastagens aumentam o sequestro de carbono, o que significa que a carne de animais alimentados com pastagem provavelmente tem uma produção de carbono menor do que a produção animal industrial. A produção baseada na grama certamente cria menos erosão, usa menos energia e reduz o uso de fertilizantes químicos e pesticidas. Apesar disto o cultivo de grãos continua aumentando nos últimos anos nos EUA.

Justiça social. Um olhar atento sobre um conjunto de municípios do sul do estado de Idaho, agora dominado por confinamentos de laticínios, descobriu que imigrantes sem documentos totalizam de 80 a 90 por cento dos empregados na indústria, pela admissão da própria indústria. Estes são empregos miseráveis e a pobreza na infância e os baixos salários atormentam a área, enquanto a renda e os subsídios para fazendas se concentram em algumas mega-fazendas. Enquanto isso, em uma pesquisa de 2006 da Universidade de Wisconsin com todas as variedades de fazendeiros de produtos lácteos no estado, em que quase 25% da produção dos derivados lácteos provêm de animais pastoreados, os agricultores cujas vacas se alimentavam de pastagens perenes relatavam a maior satisfação de vida.

Viabilidade econômica. Todos os setores da produção de alimentos de animais alimentados com pastagem estão crescendo, impulsionados pelo lucro e não pelo subsídio. O público norte-americano está começando a entender e agir baseados nos argumentos resumidos acima. Em 2010, o jornal Agricultural Systems publicou um artigo intitulado “Impactos Ambientais Comparativos do Ciclo de Vida de Três Estratégias de Produção de Carne no Alto Centro-Oeste dos Estados Unidos”. O artigo concluiu que a produção de carne bovina em confinamento tem menos impacto ambiental do que o alimentado com pastagem.

Era o tipo de contabilidade ponderada e fundamentada que pode nos dar a todos uma pausa na pressa de comprar produtos de animais pastoreados. O artigo estava ancorado em premissas válidas, e uma delas era basear os cálculos sobre as práticas de pastoreio existentes em Iowa – onde os agricultores costumam semear os antigos campos de milho com grama, fertilizá-los e depois alocar o gado. Existem grandes custos de energia na semeadura, renovação e fertilização destas “pastagens” a cada ano.

É exatamente por isso que grande parte das evidências nutricionais e ambientais na carne de animais alimentados com pastagem é altamente variável e até mesmo contraditória. Pastar em monoculturas anuais (geralmente trigo) não é o mesmo que pastar em pastagens perenes. A carne de animais mesmo em pastos mal administrados, pode receber o rótulo de carne de animal alimentado com pastagem, do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), porque esse padrão exige apenas que a pastagem seja a única fonte de nutrição do animal. Os animais podem até ter o pH do rúmen ideal de 6,8, mas a nutrição dessas pastagens monoculturais não é igual à sua contrapartida perene de plantas enraizadas profundamente, absorvendo nutrientes do solo.

O padrão USDA não é suficientemente bom. O movimento para produtos de animais alimentados com pastagem pratica um sistema geralmente rotulado de “pastagem rotacional intensiva controlada”, que imita os efeitos dos ruminantes selvagens, como o bisonte, que dominou a pradaria norte-americana há milhares de anos. Muitos dos benefícios da carne de animais alimentados com grama em geral, estão amplamente acumulados no regime de pastagem perene. A pastagem rotacional faz com que a grama e outras plantas tenham as raízes destruídas e regeneradas novamente. A matéria da raiz morta é em grande parte carbono, então este é o motor do sequestro de carbono no solo.

A quantidade de metano liberada diminui quando as vacas comem forragens de alta qualidade de uma pastagem perene  que funciona como um ecossistema restaurado

A pastagem, juntamente com a fotossíntese, armazena carbono no solo, e o solo torna-se mais fértil. Enquanto isso, as raízes remanescentes são mais profundas, dando às plantas acesso a nutrientes do subsolo. A biodiversidade aumenta, uma vez que uma variedade de insetos, rastreadores e micróbios digerem a matéria morta no solo. As leguminosas fixam o nitrogênio como ocorrem em uma pradaria natural – não são necessárias semeaduras, fertilizantes ou renovações. O objetivo é, em outras palavras, a permanência e a sustentabilidade através da restauração do ecossistema. Se o pastoreio rotacional em pastagens perenes for feito direito, os custos de energia incluídos no exemplo de cultivo de Iowa, citado anteriormente, nunca se acumulam, e de repente o balanço parece muito melhorado.

O relatório Raising the Steaks redigido em 2011 pela Union of Concerned Scientists atinge a questão crucial em tudo isso: a chave não é apenas o pastoreio, mas como o pastoreio é feito. O relatório conclui que o pastoreio gerenciado oferece ganhos, especialmente em termos de impacto ambiental e produção de metano (O metano tem maior capacidade de promover o aquecimento global do que o gás carbônico, N.T.). A quantidade de metano liberada diminui quando as vacas comem forragens de alta qualidade de uma pastagem perene  que funciona como um ecossistema restaurado, em comparação com vacas pastoreadas em capim anual. O relatório da Union of Concerned Scientists confirma que quanto melhor a forração, menos metano liberado na atmosfera.

A genética também desempenha um papel no sucesso dos sistemas baseados na pastagem. O gado moderno foi criado para se desenvolver em confinamentos, mas linhagens de raças antigas, algumas já ressuscitadas, engordam meses mais rápido e produzem mais carne utilizável quando alimentadas com capim, do que as raças com genética de confinamento. Tudo isso é relevante para os cálculos de eficiência econômica e ambiental, mas esses cálculos quase nunca são considerados nas pesquisas publicadas. Atravessar essa linha de confinamento, mesmo para pastos mesmo mal manejados, nos leva na direção certa.

Se bem-administradas, pastagem profundamente arraigadas dão origem a produtos com melhor sabor e benefícios nutricionais superiores.

Além disso, podemos direcionar o sistema para um pastoreio inteligente e ambientalmente saudável, insistindo em um padrão mais exigente do que o atual exigido pelo USDA, comprando localmente, conhecendo os produtores e através da educação e conscientização. Os defensores dos sistemas de alimentação com pastagens dizem que há outro indicador de uma boa rotação de pastagem. Pastagens mal administradas tornam a carne dura e menos saborosa, com leite e queijos menos saborosos. Bem-administradas, pastagens profundamente arraigadas originam produtos com melhor sabor e benefícios nutricionais superiores.

Pastagens mal administradas tornam a carne dura e menos saborosa, assim como leite e queijos também menos saborosos.

O autor deste artigo, Richard Manning caça sua carne selvagem perto de sua casa em Montana. Ele é o autor, com John J. Ratey, MD, do livro Go Wild, que recomendamos para saber mais sobre este assunto.

Tradução e redação: Dr. Mauricio A. Gomes Heleno, Ph.D.

Pesquisa e edição : Dr. Roberto Franco do Amaral Neto, M.D.

Porco orgânico (ou caipira) é a nova aposta de Suinocultores

 Estamos em dezembro, logo começam as festas de fim-de-ano e como reza a tradição, famílias reunidas em torno de mesas fartas, com o astro da festa sempre presente: O Porco! Nas suas mais diversas apresentações…pernil, costeletas, copa-lombo, leitoa, tender, etc… Sempre deliciosos!

Da mesma maneira que temos os animais que se alimentam de pastagens e não com rações, temos os porcos orgânicos ou caipiras, que são criados livres e se alimentam de produtos naturais como frutas, legumes, milho e verduras, sem ração ou hormônios e com tempo de engorda maior. Isto resulta em uma carne com melhor sabor e mais saudável, por não ter aditivos químicos na sua produção.

A dieta e a área de confinamento espaçosa resultam em uma carne suína marmorizada e um toucinho mais espesso que o do animal industrial. É justamente atrás desta gordura que chefs de cozinha e apreciadores da gastronomia estão atrás. “A gordura não é demônio, é a parte boa. Ela dá maciez e sabor à carne”, argumenta o italiano Sauro Scarabotta, cozinheiro e proprietário do restaurante Friccò, em São Paulo.

No Brasil, produtores no norte do estado do Rio Grande do Sul estão apostando neste novo tipo de suinocultura, mais viável economicamente e com certeza, produzindo carne suína mais saudável e saborosa.

Veja o vídeo

Peru orgânico no Brasil ainda não é uma opção! 

Apesar de ser uma carne muito apreciada nestas épocas de festas, a carne de peru orgânico ainda não é comercializada no Brasil, sendo que nos Estados Unidos, por exemplo, diversas empresas oferecem o produto 100% orgânico, principalmente para o dia de ação de graças. Os perus orgânicos certificados pelo USDA são criados de forma livre nos EUA e alimentados com uma dieta 100% orgânica, vegetariana, não transgênica, sem antibióticos ou hormônios. Os perus orgânicos têm 25% menos de gordura do que as perus padrão, industrialmente criados, e o assado fica mais saboroso e crocante no exterior, com um interior tenro, carnoso e úmido. Esperamos que logo este tipo de produto alimentício, mais saudável, venha a ser comercializado no Brasil!

Veja como exemplo o site da D’Artagnan que vende o Organic Turkey.

 

REFERÊNCIAS

The Many Benefits of Grass-Fed Meat
 https://www.motherearthnews.com/real-food/food-policy/benefits-of-grass-fed-meat-zm0z15amzmat

Raising the Steaks

http://www.ucsusa.org/sites/default/files/legacy/assets/documents/food_and_agriculture/global-warming-and-beef-production-report.pdf

Porco orgânico é a nova aposta de criadores no norte do estado

http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/jornal-do-almoco/videos/v/porco-organico-e-a-nova-aposta-de-criadores-no-norte-do-estado/2335882/

Porco caipira ensaia volta ao cardápio

https://www.suinoculturaindustrial.com.br/imprensa/porco-caipira-ensaia-volta-ao-cardapio/20120528-085205-l751

Organic Turkey

http://www.dartagnan.com/organic-turkey/product/FTUOR002-1.html

Dr. Roberto Franco do Amaral – Especialista em Medicina Laboratorial CRM 111310

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